Post em 03.05.07
Argumentos insensatos a favor do aborto
e
Outras considerações sobre o aborto.
Argumentos insensatos a favor do aborto
Não estou fazendo jogo da Igreja Católica, não sou submisso a ela, apesar de respeitá-la como a todas as religiões, porque a questão do aborto não se restringe a interesses religiosos. É uma questão de vida, e a vida está muito além das conveniências religiosas. Portanto, peço aos aborteiros que não confundam os meus argumentos com discurso religioso.
As pessoas que são a favor do assassinato de crianças no ventre da mãe, utilizam-se de um argumento que, na ótica delas, é muito forte, para justificar a legalização desse hediondo crime no Brasil.
"Temos que legalizar o aborto no Brasil, para evitar que muitas mulheres continuem morrendo nas clínicas clandestinas, nas mãos de aborteiros desqualificados e despreparados que procedem a operação em ambientes anti-higiênicos, sem assepsia e sem os cuidados médicos elementares".
Imaginando que essas pessoas sejam inteligentes, raciocinam e estão prontas e preparadas para o debate, eu gostaria de contra argumentar com elas, fazendo a primeira pergunta:
Quando uma determinada coisa é legalizada no Brasil, implica em que, necessariamente, nada seja praticado ilegal e criminosamente em relação àquela coisa.
A minha pergunta é pertinente porque, pela lógica delas, dá-se a impressão de que ao ser legalizado o aborto no Brasil todas as mulheres brasileiras que desejarem abortar, inclusive as pobres, terão tratamento digno, em clínicas muito bem equipadas, limpas, com médicos sempre a disposição e corpo de enfermagem a postos, sem problema nenhum.
É muito engraçada essa suposição delas, porque o Brasil inteiro sabe que os brasileiros pobres quando necessitam de atendimento médico travam lutas terríveis para conseguirem assistência, milhares de pessoas ficam, diariamente, madrugadas inteiras nas filas do SUS, muitas vezes em baixo de frio, a fim de conseguirem marcar consultas.
Será que as mulheres que desejarão abortar, depois da tal legalização, não enfrentarão fila nenhuma e terão tratamento em nível 5 estrelas?
Até mesmo as classes sociais que podem pagar um plano de saúde enfrentam problemas, pelas dificuldades de marcarem consultas, serem obrigadas a tirarem autorizações para fazerem determinados exames e outros processos burocráticos terríveis.
Mas para a mulher que desejar fazer aborto, depois de legalizado, obviamente, nada disto acontecerá?
Quer dizer então que quem precisar de uma operação de catarata, extração de pedras nos rins ou na vesícula, apendicite, ortopédicas e de qualquer outra especialidade médica vai continuar enfrentando as mesmas deficiências visíveis do sistema público de saúde brasileiro, precário e até desumano, mas mulher que precisará de aborto não, elas terão prioridade, só porque a coisa estará legalizada no País?
A fabricação de medicamentos é legal no Brasil, no entanto o fato desta legalização não impediu que os criminosos continuassem a agir e a indústria clandestina continua a fabricar remédios falsificados, que matam milhares de brasileiros.
Mas os aborteiros continuam a querer iludir o Brasil, achando que o fato de legalizar este crime, vai impedir que mulheres morram nas mãos de clandestinos.
Analisemos outros aspectos, meus amigos a minhas amigas:
No Brasil é legal a fabricação de cigarros, no entanto continua a circular pelo país o cigarro falsificado que faz mais mal que o "legítimo".
É legal a fabricação de wisky, no entanto continua a existir wisky falsificado que faz mais mal que o "legítimo".
É legal a fabricação de CDs e DVDs, no entanto existe uma máfia enorme de falsificação de CDs e DVDs, que prolifera no País inteiro, de Norte a Sul, e consta até que alimenta o crime organizado.
Emissoras de rádio e televisões são legais no Brasil, no entanto existem inúmeras rádios e televisões piratas.
Outro fato incontestável:
Um determinado tênis legítimo custa 300 reais, por exemplo. Mas a clandestinidade continua falsificando e cobrando apenas 50 reais por um que também calça o pé.
Um programa de computador legal, como o Windows, custa mais de 400 reais. No entanto, o fato de ter legalizado, não impede que exista o falsificado que é vendido em CD por apenas 10 reais.
Enfim, existem incontáveis coisas legalizadas no Brasil, mas todo mundo sabe que existem também essas mesmas coisas que são feitas na clandestinidade, sem qualidade, nas mãos de bandidos e sonegadores.
Agora, utilizemos a nossa inteligência e questionemos:
Por que somente o aborto, ao ser legalizado no Brasil, deixará de ter a sua prática feita por clandestinos, por despreparados e por ilegais?
Com ele legalizado os médicos vão cobrar, obviamente, pelas operações, do mesmo jeito que cobram por vários outros procedimentos cirúrgicos, como lipoaspiração, plásticas para aumentar seios, bundas, correções estéticas etc., em valores que não saem por menos de 3.000 reais.
Será que eles, os médicos, farão abortos de graça, só porque a prática estará legalizada no Brasil, para que não morra mais mulher nenhuma nas mãos de clandestinos?
Você acredita que, depois da tal legalização, toda mulher, principalmente as pobres terão três mil, quatro mil, cinco mil reais para pagar um médico e uma clínica segura?
Será que aquela senhora aborteira, que cobra cem reais, vai deixar de existir, só porque a coisa estará legalizada?
Ainda tem outro aspecto que eu gostaria de argumentar com esses defensores do assassinato das crianças no ventre das mães:
Será que deveríamos tornar legal, também, a venda da cocaína, da maconha e de todas as drogas por crianças em nosso país, sob a argumentação de que essa legalização tem que ser feita, pelo fato dos traficantes utilizarem crianças para passarem as drogas para as pessoas? Muitas dessas crianças são mortas, por diversos motivos: Quando dizem que não querem mais fazer aquele tipo de serviço, quando não prestam conta de todo o dinheiro, mesmo perdendo o dinheiro ou sendo assaltadas, quando dizem para alguém pra quem elas trabalham, etc...
Tem a solução para isto: basta legalizar a venda de drogas pelas crianças!
Tem sentido isto?????????
Existe outro problema no Brasil!
Alguns brasileiros que se servem para traficar drogas, engolindo a cocaína em saquinhos plásticos, conduzindo-os no estômago e nos intestinos, pra não serem pegos pela Polícia Federal. Acontece que vários deles morrem intoxicados quando um desses saquinhos rasgam.
Que pena destes pobres brasileiros. Tá vendo? Eles estão morrendo porque não legalizaram o tráfico de drogas. Temos que legalizar a droga para evitar essas mortes!!!
O governo poderia muito bem legalizar uma determinada quota de cocaína, para que brasileiros pudessem viajar legalmente, sem serem incomodados pela polícia federal nos aeroportos, conduzindo uma determinada quota, em quilos, para o exterior, não é verdade?
Isto evitaria muitas mortes.
Teria sentido?
Enfim, gente, este argumento aborteiro que diz que a legalização desse assassinato no Brasil vai impedir que mulheres morram na mão da ilegalidade é frágil, inconsistente, idiota e irracional.
Não tem o menor sentido porque as clínicas clandestinas continuarão a existir do mesmo jeito e, muito pelo contrário, vão surgir muito mais aborteiros desqualificados, porque aí muitas pessoas que gostariam de fazer esse servicinho pra ganhar 100 reais, mas não fazem hoje, com medo da polícia, vão querer entrar no negócio, porque não vão precisar mais de ter o medo, já que a coisa deixará de ser ilegal no Brasil.
Morrerá muito mais mulheres.
Peço que vocês raciocinem, tenham bom senso e libertem-se de sentimentos tão cruéis, senhores aborteiros.
Sei que existe muita ignorância na maioria das criaturas, sobretudo em relação ao micro e ao macro, porque está fora da capacidade de raciocinar de muita gente.
Por incrível que pareça, vivemos em um mundo onde ainda há quem acredite que a Terra é o centro do Universo, que as estrelas são simplesmente luzinhas para iluminar as noites do nosso insignificante Planetinha, conforme ensinam as religiões tradicionais, desconhecendo totalmente o que vem a significar as palavras "galáxias", "anos luz", "macro cosmo" etc...
Esta mesma ignorância, que desconhece o macro, desconhece também o micro, sem a menor condição de dimensionar nada.
É aquela história do "só acredito naquilo que eu posso ver e pegar".
Daí muita gente ainda afirmar que uma criança em dimensão micro não é gente, não tem sentimentos, não tem vida e, enfim, não significa nada, portanto, pode ser assassinada, do mesmo jeito que matamos uma pequenina pulga ou um mosquitinho.
Essa cegueira cultural e carência de conhecimentos gera uma incapacidade de saber que um feto com quatro semanas de vida já tem DNA com tudo registrado, cor de olhos definida, cor de cabelos, coração pulsando, cor da pele e toda a programação de um ser humano.
E aí esses defensores do assassinato dos fetos são colocados em cheque-mate, a partir do momento em que, nos seus orgulhos, querem afirmar que não são ignorantes, não são analfabetos nestas questões que apontamos, que têm conhecimentos, culturas e até níveis superiores, implicitamente se auto denunciando, por conseqüência, como pessoas frias, cruéis, egoístas, covardes e assassinas mesmo.
Claro. Se tem conhecimento e fazem o mal, sabendo o que estão fazendo, são mais culpados ainda, mais criminosos e sem vergonha ainda.
Mas vamos considerar, também, outros argumentos utilizados pelos defensores do aborto:
Temos que lutar pelo "Direito que a mulher tem ao seu próprio corpo".
Acontece que o corpo da criança não é o corpo da mãe. É preciso que todos atentemos para isto. Identifica-se aí, mais uma vez, o quanto algumas pessoas são ignorantes. É daí que vem a estúpida idéia de que retirar um feto é como se fosse retirar uma pelezinha, uma espinha, uma verruga ou algo estranho que surge em nosso corpo, como pedras dos rins ou da vesícula etc.
Portanto, ter direito ao seu corpo é uma coisa, ter direito ao corpo do filho é outra.
A inconseqüência de um deputado da Bahia
Consta que um deputado da Bahia, chamado Marcelino Galo, que é presidente do PT daquele Estado, move um processo para expulsar do partido o também Deputado Luiz Carlos Bassuma, também do PT, pelo fato deste estar lutando a favor da vida, ser contra o aborto, dar entrevistas em jornais contra a legalização do aborto e presidir uma comissão nacional em defesa da vida, sob a argumentação de que o Bassuma está contrariando a posição do partido o que, segundo o Marcelino Galo, deixa bem claro que o PT é a favor do aborto, ou seja, endossa a idéia de assassinar crianças no ventre da mãe.
Vejam bem: Não sou contra o PT nem contra partido nenhum, da mesma forma que não sou a favor de nenhum deles. Quem identifica esta posição do seu partido é um seu próprio presidente estadual, no caso o da Bahia, não eu.
Mas o que quero enfocar aqui é o rigor, a pressão e a prepotência desse deputado em relação ao seu colega Luiz Bassuma, que é um homem da mais alta dignidade, caráter, moral, decência, honestidade, bons princípios e valores espirituais não muito comuns no meio político, por uma "grave delito" que ele está cometendo: Lutar pela vida.
Desculpem-me, por favor, ter que usar o meu estilo: mas será que um sem vergonha de um deputado desse utilizou-se do mesmo rigor, da mesma prepotência e da mesma energia que está agora usando contra o Bassuma, em relação a outros elementos do mesmo PT, nos recentes escândalos mostrados no Brasil inteiro nos últimos tempos, como os Delúbios, os Silvinhos, os portadores dos dólares da cueca e vários outros que comprovadamente estiveram envolvidos nas mais sórdidas safadezas da política brasileira, junto com outros canalhas de outros partidos?
Será que esse deputado pensa que todo mundo é besta, neste País?
Esta atitude identifica o quanto audaciosos são aqueles que, por natureza, são frios e insensíveis em relação à vida. Quem não tem compromisso com a vida, implicitamente não tem também com a moralidade, decência, dignidade e amor, por isto que ele utiliza-se de tanto rigor contra o Luiz Bassuma que, em vez de se enriquecer com a política, levar vantagens com o mandato de deputado federal, envolver-se nas mais sórdidas estratégias de levar vantagem como muitos políticos fazem, prefere manter-se íntegro na decência e na coerência humana, lutando apenas para que não assassinem inocentes.
E, para concluir, quero sugerir ao defensor ou defensora do aborto, que veja este filme aqui que tenho no site do meu projeto, chamado "O Grito Silencioso", bem como o outro filme que vem logo a seguir, quando, observamos a luta desesperada do bebê contra os ferros e os sugadores covardes dos aborteiros, pulando de um lado para outro no ventre materno, pedindo socorro sem que ninguém o escute: Clique aqui para ver o filme.
Depois de ver o filme, responda com toda sinceridade e honestidade:
Se fosse você, que estivesse no ventre da sua mãe, gostaria que alguém fizesse aquilo contigo, arrancando os seus braços, pernas, cabeça e estraçalhando todo o seu corpo, para depois jogar os seus restos mortais, friamente, numa lata de lixo?
Lutemos todos pela vida, sem demagogia, sem hipocrisia e sem falso moralismo. Repito que não estou fazendo nenhum discurso igrejeiro, porque a questão do aborto não se resume a interesses apenas da Igreja Católica e sim a direitos humanos.
Tomemos juízo, Brasil, e não deixemos que esta mancha moral marque com sangue a nossa história porque, certamente, as conseqüência espirituais para a nossa Nação serão terríveis.
Abraços a todos.
Alamar Régis Carvalho
Analista de Sistemas e Escritor
alamar@redevisao.net
ORKUT "alamarregis"
Outras considerações sobre o aborto
Ainda dentro daquele argumento utilizado pelos aborteiros, ou abortistas, que diz o seguinte:
"Temos que legalizar o aborto no Brasil, para evitar que muitas mulheres continuem morrendo nas clínicas clandestinas, nas mãos de pessoas desqualificadas e despreparados que procedem a operação em ambientes anti-higiênicos, sem assepsia e sem os cuidados médicos elementares".
Já demonstramos, em artigo anterior, que a legalização do assassinato do feto, pelo aborto, não vai fazer com que o serviço público de saúde dê atendimento 5 estrelas para as mulheres, principalmente as pobres, que desejarem abortar "legalmente" no Brasil. É ilusão achar isto, já que cirurgia nenhuma é conseguida facilmente por pobre neste país, ainda mais em condições confortáveis e dignas nos hospitais. O que se vê demais é muita gente abandonada nos corredores dos hospitais públicos, deste país, sem leito, sem atendimentos até mesmo de pronto socorro.
Se para o pobre conseguir uma simples consulta não é fácil e ele tem que enfrentar madrugadas de filas do SUS, imagine conseguir cirurgia.
Podemos ter certeza, absoluta, que com as mulheres que desejarão abortar não será diferente, elas continuarão a morrer sem atendimento.
Mas tem um outro aspecto aí, que os adeptos do assassinato dos bebês no ventre da mãe desconhecem ou fingem que não conhecem:
A grande maioria dos abortos não acontece com mulheres já casadas que, por um lapso qualquer, engravidaram sem desejarem o filho.
Eles acontecem exatamente em meninas jovens, adolescentes, muitas delas de menor, com 16, 15 e até 14 anos que, na inexperiência natural da juventude, mantiveram relações sexuais com seus namorados, talvez não estivessem em período fértil na primeira vez, mas gostaram, já que o sexo é de fato gostoso e nenhum de nós pode continuar a usar a hipocrisia de ignorar isto, e continuaram, continuaram até que coincidiu com o período que proporcionou a gravidez.
Agora, gente, veja bem o que acontece, todo mundo sabe que acontece e não se resume apenas numa opinião pessoal do Alamar:
A grande maioria das meninas que engravidam desta forma se vê num drama terrível que é a possibilidade da sua mãe, do seu pai e dos seus parentes descobrirem que ela já "perdeu" a sua virgindade (impressionante, mas ainda existe mulher que acha que virgindade é coisa que tem alguma utilidade, a ponto de dizer que perdeu. A gente só perde algo que serve pra alguma coisa) e, pior ainda, que ela está grávida.
Mesmo num mundo moderno e mais liberal como o atual, não é qualquer menina que tem uma relação muito próxima com a mãe, pelo menos com ela, para se abrir e dizer o que está realmente acontecendo. Também, não é qualquer mãe que tem preparo suficiente para enfrentar uma gravidez de uma filha que mal saiu da infância.
Dispamo-nos da hipocrisia e perguntemos:
Que atitude normalmente estas meninas tomam?
Recorrem ao próprio namorado e as coleguinhas de colégio, (todos tão inexperientes quanto ela) em busca daquela que, na sua ótica, é a única alternativa que ela tem, que é retirar o filho.
Todos, em solidariedade, vão dar um jeito pra juntar algum dinheiro para pagar alguma aborteira ou aborteiro.
As vezes roubam do próprio pai ou da mãe. Queiram ou não, esta é uma realidade.
Conheço casos de meninas que, sem alternativa, tiveram que se submeter a fazerem sexo, também, com homens que prometeram arcar com os custos da operação, caso elas saíssem com eles. Existe isto aos montes, já que gente que se aproveita das situações difíceis dos outros tem demais.
Agora questionemos:
Façamos de conta que o assassinato dos bebês pelo aborto foi legalizado no Brasil.
Você acha que esta mesma menina procuraria o médico da família, que normalmente conhece o seu pai e a sua mãe e que, sem dúvida alguma, falaria com eles?
Ela, sendo de menor, iria conseguir internar-se em uma clínica ou hospital sem autorização e conhecimento dos seus responsáveis? Qual administração de hospital ou clínica seria tão maluca em assumir uma responsabilidade dessa? E se a menina tivesse uma complicação qualquer e seu quadro evoluísse a óbito?
Ainda que conseguisse a aquiescência de um hospital ou clínica, ela conseguiria o dinheiro suficiente para pagar um procedimento que normalmente requer anestesista, corpo de enfermagem, internação e tudo, o que não é barato?
Claro que não! Ela continuaria a procurar pelos aborteiros clandestinos que são muito mais baratos e absolutamente sigilosos. A mãe e o pai nem tomariam conhecimento, porque, como muitas fazem, nem vão para casa, recorrendo às desculpas de que precisam estudar para provas na casa de uma colega onde vão dormir hoje e amanhã, que é o período em que ela ainda está convalescendo da operação.
Mas temos, ainda, um outro argumento a considerar:
Vamos que a menina não consiga o dinheiro com a ajuda desses "amigos" e se vê obrigada a dizer para a mãe que, mesmo decepcionada, chateada e desgostosa se vê obrigada a tomar uma providência urgente, porque não quer que os outros saibam que a sua filhinha de apenas 15 anos "perdeu" a virgindade e muito menos que está grávida.
Já imaginou o que a tia Maria vai dizer, quando souber? Logo ela que é uma fofoqueira de marca maior? Já imaginou a ação da língua da vizinhança?
Muitas mães escondem o fato até mesmo do próprio pai da menina.
O que elas vão fazer? Procurar uma clínica ou um hospital conhecido? Vai pedir dinheiro para o marido, pra bancar a clínica ou hospital? Uai, não pode conseguir o dinheiro, porque a maioria das famílias brasileiras é pobre e não tem como levantar um dinheiro desse assim, em cima da hora.
Ainda que pudessem ir à clínica, iriam?
Claro que não. Pode ser que apareça alguém conhecido lá que possa ver, descobrir e botar a boca no mundo.
Então elas vão optar, não tenhamos a menor dúvida, pelas aborteiras clandestinas, a menina volta para casa no mesmo dia, antes do pai chegar do trabalho, a mãe enfia ela no quarto, onde raramente o pai entra e, no máximo, diz que ela sentiu uma indisposição alimentar e pronto.
Esta é a realidade, gente!!!
E tem também os casos de mulheres que se engravidam de homens casados! Casados com outras, muitas vezes conhecidas suas.
Será que os homens brasileiros são tão conscientes assim, a ponto de refletirem em cima das suas responsabilidades e correrem em busca de dinheiro grande pra bancar uma clínica ou hospital habilitado, numa situação dessa?
Uma minoria muito inexpressiva tem essa consciência.
Só que, neste universo pequeno, a grande maioria não tem dinheiro sobrando pra arcar com uma coisa desta que lhe pegou de surpresa.
- "Há, mas eu não posso deixar a minha amiga numa situação desta. Vou recorrer a um banco e tomar um empréstimo".
Não dá, meu amigo, o seu nome está no SPC e na SERASA e banco nenhum vai lhe emprestar dinheiro.
- "É, meu amor, eu tentei, fiz de tudo e não consegui. O máximo que tenho é 150 reais, que só dá pra pagar a aborteira, dona Ruth. Não temos outro jeito".
É assim que acontece e vai continuar acontecendo no Brasil, seja legal ou não a prática do assassinato de bebês no ventre materno.
Diante destes fatos, alertemos o Brasil para que não se deixe iludir diante dos argumentos insensatos e insensíveis dessas pessoas frias, egoístas e desumanas que querem oficializar o holocausto dos fetos em nosso País.
Os abortos clandestinos continuarão a acontecer do mesmo jeito e não diminuirão mesmo. Muito pelo contrário, devem crescer porque muitas pessoas que gostariam de praticar a profissão de aborteiro e não fazem hoje, com medo da polícia, estarão livres para entrar nesse lucrativo mercado, funcionando normalmente, como aquelas pessoas que aplicam injeções e aplicam soros em casa.
Repito, como disse na matéria anterior: Não estou aqui fazendo jogo da Igreja Católica e nem de religião nenhuma. Primeiro porque não sou submisso a religião qualquer que seja, segundo, pelo mais importante: A questão do aborto não é um problema religioso, é um problema DE VIDA, muito além das religiões.
Façamos ao nosso próximo o que gostaríamos que os outros fizessem conosco, nos ensinou o homem mais extraordinário que Deus já colocou na Terra, que nada tem a ver com religião nenhuma.
Sintonizemo-nos então, com essa personalidade notável que é modelo para todos nós e perguntemos:
"Senhor. Se tu estivesses no lugar de alguém para decidir pela vida ou pela morte de uma pequenina criança, o que farias?"
Façamos conforme a resposta dele.
Abraços a todos.
Alamar Régis Carvalho
Analista de Sistemas e Escritor
alamar@redevisao.net
ORKUT "alamarregis"