Opinião pessoal Federalista
Vamos lá, de novo.
As principais causas dos impasses: Centralismo e intervencionismo.
Fosse
o Brasil uma República Federativa de fato, os estados e municípios
teriam assegurada a sua autonomia para poder gerar e gerir seus próprios
recursos e decidir, baseados em suas características regionais e
conforme a vontade de seus cidadãos, quais as normas que definiriam as
relações trabalhistas (e todas as outras).
O
centralismo e intervencionismo tirânico sob o qual vivemos chega às
raias do absurdo quando os governantes se arvoram no direito de ditar
(lembra ditadura?) aos trabalhadores, cidadãos, regras, normas e leis
que afetam o seu sagrado direito de escolha e livre arbítrio, fazendo
dele não mais que um mero fantoche, e tirando dele uma substancial parte
de seu salário sob a falsa e enganadora chancela de 'garantias' e
impostos. Esquecem-se que salário não é renda e, por isso, não poderia
ser tributado.
Como
se não bastasse tomar compulsóriamente uma parte do salário do
trabalhador, ainda impõe ao empresário, gerador de riquezas,
desenvolvimento e empregos, uma elevada e desumana carga tributária
sobre a folha de pagamento, além de lhe jogar nos ombros os ônus de uma
justiça trabalhista comunista, corrupta e retrógrada.
'Direitos'
do trabalhador cidadão é, primeiro, ter emprego. E é ter o dinheiro de
seu trabalho no bolso para sustentar a sua família, fazer seu plano de
aposentadoria, reformar a sua casa e melhorar de vida. Mas para isso
ele ganhar melhor, o que só será possível quando o empresário puder
pagar melhor.
Para o
empresário poder pagar melhor e dar mais empregos a sua empresa precisa
crescer. E não tem como crescer e dar emprego se o empresário é
massacrado por mais de 100% de impostos sobre a folha de pagamento. Isso
é ser tratado como se fosse um criminoso por ter dado empregos e
tentado gerar alguma riqueza. E nem vamos falar dos casos em que ele é
levado para a justiça do trabalho (assim mesmo, com minúsculas), que
aceita qualquer mentira do coitadinho do funcionário como verdade, e
desconsidera qualquer defesa do empresário, esse criminoso, que é sempre
condenado a pagar enormes indenizações e multas, crucificado por dar
emprego.
Por isso
vemos, todos os dias, empresas brasileiras seculares sendo vendidas para
grupos estrangeiros. Ninguém aguenta tanta estupidez e o melhor mesmo é
se desfazer desse abacaxi, se agarrar na grana e passar a viver bem,
livre dos governos incompetentes, dos impostos escorchantes, das ações
trabalhistas injustas e dos empregados que se aproveitam disso. E o
ideal de ajudar o Brasil a crescer e prosperar? Que se dane!
A CLT é, sem dúvida, o maior impedimento para a geração de empregos no país. Está caduca e deve ser rasgada e jogada no lixo.
As
relações trabalhistas devem ser tratadas como um contrato civil entre
duas partes (como de fato é) e seus desdobramentos resolvidos pela
justiça comum, nos tribunais locais (olha aí a questão da autonomia
local de novo).
A
'função social' das empresas limita-se a gerar riquezas e empregos,
pagando salários aos trabalhadores. E para gerar riquezas e pagar
salários dignos as empresas devem ser isentas de impostos em toda a sua
cadeia produtiva, inclusive folha de pagamento.
Os
impostos serão cobrados no consumo, ou seja, quando a produção da
empresa for vendida para o consumidor. E com esse imposto o governo faz a
'função social', que é obrigação e razão de existir do governo central.
17.04.07
GermanoCWB
Agora leia a matéria do jornal O Estado do Paraná.
Comissão propõe mudanças para reduzir custos trabalhistas
Agência Estado [16/04/2007]
Brasília -
Congresso e governo abriram discussão sobre um modelo alternativo de
relações de trabalho que permita redução dos custos trabalhistas e crie
perspectivas de ampliação de empregos no País. Na quarta-feira, o
presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Nelson Marquezelli
(PTB-SP), entregou ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi, um esboço de
proposta que cria um sistema optativo, em que os trabalhadores
receberiam pagamento por tarefa executada, ganhando o salário bruto, sem
descontos de qualquer espécie, como o previdenciário, por meio de
cartão magnético. A proposta, porém, não extinguiria o atual regime de
trabalho feito pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), uma vez que
o modelo alternativo funcionaria como optativo.
Na
próxima quarta-feira, Lupi irá à Comissão do Trabalho para se encontrar
com os parlamentares pela primeira vez desde a posse no cargo, há cerca
de 15 dias. Ele é um dos ministros que se manifestaram contra a
proposta, vista como corte de conquistas históricas. “Não vou defender
reformas que tiram os direitos do trabalhador”, avisou.
A
idéia é abrir esse debate. “Na conversa que tivemos, o ministro foi
receptivo a discutir o assunto. Porque, já que existe essa resistência
geral a mexer com a CLT, inclusive do próprio ministro, a idéia é
apresentar um modelo alternativo de caráter optativo”, afirma
Marquezelli. “O modelo atual das relações trabalhistas é obsoleto,
ultrapassado e não ajuda em nada na geração de empregos.”