O ministro diz: "Quanto mais emprego, menos impostos", quando, no mundo todo já se aprendeu que "quanto menos impostos, mais empregos".
É lamentável.
GermanoCWB
Governo troca imposto por emprego
Agência Estado [18/04/2007]
Brasília - O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, revelou ontem que encomendou aos técnicos de sua pasta um estudo para criação de um mecanismo que reduza impostos para as empresas que mais gerarem empregos formais no País. Sem detalhar como essa idéia funcionaria na prática, Lupi disse que tudo ainda “não passa de uma tese” e admitiu que uma desoneração nesse sentido vai demorar porque envolve negociação de impostos federais, estaduais e municipais.
“Quanto mais empregos, menos impostos. Essa é a minha tese e nela coloquei o meu pessoal para trabalhar para depois submetermos à discussão interna do governo”, afirmou Lupi ao deixar, no final da manhã de ontem, a Câmara dos Deputados. Ele afirmou que concorda com a proposta de redução de impostos sobre a folha de salários, defendida recentemente pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, mas disse que a sua “tese” de reduzir impostos para as empresas que gerarem empregos é mais ampla que isso. Ele, entretanto, não quis antecipar que tributos poderiam ser reduzidos.
Lupi participou do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público. A primeira bandeira da Frente é derrubar o projeto de lei complementar que propõe como limite anual dos gastos com salários dos servidores públicos o porcentual de 1,5% além das despesas do ano anterior. A limitação está sendo proposta para vigorar por dez anos e foi apresentada num dos projetos que integram as medidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) lançado no dia 22 de janeiro.
Lupi tentou evitar o constrangimento de apoiar uma ação contrária às medidas do PAC, mas afirmou que considera “natural” e “legítimo” que haja mobilização dos servidores públicos por aumentos de salários. “É natural que qualquer empregado queira aumentos. Isso é legítimo. Mas, o projeto está em fase de discussão e recebimento de emendas e é o Congresso o lugar legítimo para se discutir mudanças”, afirmou.