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Não há como crescer 5% a curto prazo, avalia Ibre
Redação O Estado do Paraná [14/12/2006] Rio (AE) - Não há como alcançar no curto prazo um crescimento econômico sustentável de 5% ao ano, disse o diretor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) e ex-presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Luiz Guilherme Schymura. Ele adiantou o conteúdo da “Carta do Ibre”, texto com a opinião do instituto sobre o tema, que será divulgado esta semana.De acordo com Schymura, o governo está certo em se preocupar com o baixo crescimento, mas se arrisca a passar a falsa impressão para a sociedade que é fácil fazer o Brasil crescer 5% ao ano de forma sustentável. “O crescimento sustentável no Brasil depende hoje de uma extensa, profunda e difícil agenda”, avalia.
Schymura lembra que a média de crescimento do Brasil de 1981 a 2005 foi de 2,1% e cita estimativas de que este ano deve ser de 2,8%. De acordo com ele, a maior parte dos motivos para o baixo crescimento não é fácil de mudar no curto prazo e inclui fatores como a baixa escolaridade média da população brasileira. O governo, então, está tentando atuar na área em que os resultados se dão em um prazo mais curto, que é no aumento do investimento produtivo.
Para que a produção da economia em um ano, o Produto Interno Bruto (PIB), cresça a um ritmo de 5% ao ano, a taxa de investimento, que hoje está em torno de 20% do PIB, teria que subir, no mínimo, para 25% do PIB. “Isso significa R$ 100 bilhões de investimento a mais por ano. E como estamos falando de (crescimento) sustentável, esse acréscimo tem que acontecer todo ano, não é em um ano só”, ressalta Schymura. Ele não crê que as medidas em estudo conseguirão promover um aumento dessa magnitude no curto prazo.
O economista acha que as medidas que estão em estudo são em geral positivas. Observa, porém, que se o setor público todo, incluindo estatais, conseguir aumentar os seus investimentos em 1% do PIB “já é muito”. Além disso, diz, “não há nada que mostre” que o setor privado aumentaria os seus investimentos em outros 4% do PIB.
1 comentários:
Eu, particularmente, estou rezando para não crescermos. Caso a produção aumente, como vamos entregá-la?
Não temos estradas, os portos estão sucateados e dos aeroportos é melhor nem falar.
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