(Veja nova matéria relacionada e publicada em 23/03, 'Revisão do PIB não muda nota do Brasil')
Graças ao novo método de cálculo utilizado pelo IBGE, mais atualizado e completo, o valor do nosso PIB cresceu quase 11% de um dia para outro, tirando o Brasil da 15ª posição no ranking das nações e colocando-o milagrosamente na 10ª posição.
Obviamente que o primeiro comentário do Lula e seus asseclas foi um comparativo com os governos anteriores e, sem dúvida, esse será seu discurso daqui para frente, dizendo que ele e seu governo foram os responsáveis pelo magnífico milagre econômico representado pelos novos números.
E para a caterva governista isso será uma verdadeira festa que renderá muitos votos no futuro próximo, já que a população totalmente alienada com as 'bolsas disso e daquilo' e com o BBB não vai saber que essa necessária atualização da forma de cálculo não representa nenhum crescimento real, e que nos últimos 5 anos não avançamos quase nada em direção ao crescimento real da economia.
Vamos esperar e ver como serão os próximos discursos do governo.
GermanoCWB
Veja abaixo a íntegra de dua matérias a esse respeito e retirados do site do UOL.
Novo cálculo faz valor do PIB de 2005 ser 10,9% maior, indica o IBGE
UOL Economia - 21/03/2007
http://noticias.uol.com.br/economia/ultnot/2007/03/21/ult4294u384.jhtm
21/03/2007 - 10h50
Novo cálculo faz valor do PIB de 2005 ser 10,9% maior, indica o IBGE
Da Redação
Em São Paulo
Após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) adotar mudanças na metodologia do cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), as taxas de crescimento da economia referentes aos anos de 2000 a 2005 foram revistas e modificadas em relação ao anteriormente divulgado.O PIB de 2005, por exemplo, cuja expansão foi de 2,3% conforme a metodologia antiga, passou a ter uma taxa de crescimento de 2,9% e somou R$ 2,148 trilhões, com alta de 10,9% ante o valor estimado na série antiga (R$ 1,937 trilhão).Para 2004, quando a economia crescera 4,9%, a variação de crescimento foi modificada para 5,7% (de R$ 1,767 trilhão para R$ 1,941 trilhão, alta de 9,9%).No ano de 2003, a taxa de crescimento passou de 0,5% para 1,1%, com o valor alterado de R$ R$ 1,556 trilhão para R$ 1,7 trilhão, alta de 9,2%.Em 2002, o PIB sob a nova metodologia cresceu 2,7%, em vez do 1,9% como havia sido divulgado sob a metodologia antiga. Os valores do PIB passaram de R$ 1,346 trilhão para R$ 1,478 trilhão, na nova, avanço de 9,8%.Para 2001, o PIB apresentou alta de 1,3%, o mesmo percentual calculado pelo método anterior. No entanto, em valores absolutos, o PIB daquele ano passou de R$ 1,199 trilhão para R$ 1,302 trilhão no cálculo atual, ou 8,6% maior.Já a taxa de crescimento de 2000, antes em 4,4%, foi a única que recuo na série pesquisada, para 4,3% agora. Apesar disso, o valor corrente do PIB naquele ano foi recalculado para R$ 1,179 trilhão, com incremento de 7,1%, em relação ao valor anterior (R$ 1,101 trilhão).Os dados de 2000 a 2003 são definitivos. No caso de 2004, o PIB ainda passará por uma revisão, enquanto o de 2005 sofrerá mais revisões. A nova taxa de crescimento do PIB de 2006 será conhecida somente na quarta-feira da próxima semana, dia 28. Pela metodologia antiga, o PIB do ano passado cresceu 2,9%.
As modificações no cálculo do PIB afetam especialmente o setor de serviços, como administração pública, serviços financeiros, serviços de informação e aluguéis.
O novo método trabalha com mais fontes de informação e leva em consideração 110 produtos (antes eram 80) e 56 atividades econômicas (contra 43 da metodologia passada). Segundo o presidente do IBGE, Eduardo Nunes, isso permite fazer um cálculo mais preciso.
O novo método para contabilizar o desempenho da economia brasileira passou ainda a utilizar como fontes de dados as pesquisas anuais setoriais da Indústria, Comércio e Construção Civil do IBGE e as receitas declaradas das empresas à Receita Federal.
As mudanças de metodologia tiveram como base o ano 2000, mas o IBGE refez a série do PIB de 1995 a 1999 a partir desta base e incorporou as alterações.
Mudanças afetam contas do governo
As atividades do governo e do setor financeiro foram as mais sujeitas a mudanças no cálculo da nova série do PIB, segundo o IBGE. O consumo do governo, que antes contabilizava apenas o consumo intermediário (gastos de custeio) e as remunerações dos funcionários públicos, passa a contar com o consumo de capital fixo do setor, como prédios, máquinas e computadores.
Dessa forma, o valor total da produção do governo ficará maior em valores correntes, de acordo com o coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto.
CONHEÇA AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
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· Agora o cálculo inclui 56 atividades econômicas e 110 produtos. Antes eram 43 atividades e 80 produtos |
· Pesquisas anuais de Indústria, Comércio, Serviços, Construção Civil e pesquisas domiciliares entram nas contas |
· Imposto de Renda das empresas foi incluído |
· Aumentou o peso do setor de serviços nas contas, indo de 56,3% para 66,7% |
· As despesas de instituições sem fins lucrativos passam a contar |
· Sai o setor de telecomunicações, entram os serviços de informação, o que inclui telecomunicações, consultoria em hardware, software, processamento de dados, atividade de banco de dados, distribuição online, cinema, rádio e agências de notícias |
· As contas do governo, antes só com consumo intermediário (gastos de custeio) e salário de funcionários, passam a contar com consumo de capital fixo (prédios, máquinas e computadores). Isso aumenta os valores |
· Os serviços financeiros incorporam os fundos de investimentos |
· O cálculo dos serviços financeiros e de intermediação financeira vai usar dados como as tarifas bancárias e os ativos e passivos dos bancos |
· O terceiro setor (ONGs, igrejas e clubes) passa a contar na área de consumo (ao lado de consumo das famílias, por exemplo) |
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A atualização da produção do governo, anteriormente feita com base no crescimento demográfico, passará a ser feita comparando os dados dos valores de um ano com os do ano anterior. Segundo Olinto, a metodologia anterior era criticada por amortecer o crescimento no setor de serviços, pois o crescimento populacional vem desacelerando.Outra modificação diz respeito aos serviços financeiros. Pela primeira vez, o segmento vai incorporar os fundos de investimentos financeiros, por meio de dados fornecidos pelo Banco Central.O IBGE também passará a calcular os serviços financeiros e de intermediação financeira de outra forma, utilizando dados como as tarifas bancárias e os ativos e passivos bancários. Antes, os serviços financeiros e de intermediação eram atualizados com base no crescimento médio do valor agregado geral da economia.O coordenador do IBGE não informou qual será o impacto de tais modificações metodológicas sobre o resultado do novo PIB de 2006, a ser divulgado no dia 28 deste mês.(Com informações do Valor Online e Agência Brasil)
Com revisão, PIB brasileiro em dólar sobe para 10º lugar
21/03/2007 - 12h26
Com revisão, PIB brasileiro em dólar sobe para 10º lugar
SÃO PAULO (Reuters) - A revisão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2000 a 2005 permitiu que o país ultrapassasse Índia, Austrália, Holanda e Coréia do Sul no ranking das maiores economias do mundo, segundo levantamento da Austin Rating.
Com as novas taxas divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, o Brasil passou a ocupar em 2005 a 10ª posição no ranking das maiores economias do mundo, considerando o PIB em valores correntes em dólar.Em 2004, o Brasil ocupava a 13ª posição nessa lista, levando em conta a nova metodologia.
O Brasil cresceu 2,9% em 2005, última revisão disponível. A taxa é superior à de 2,3% inicialmente divulgada.
"(A revisão) mostra que ainda há muito o que se aperfeiçoar com relação à contabilidade nacional, e mostra que as condições de crescimento do país são um pouco maiores que nos últimos anos", afirmou Alex Agostini, economista-chefe da empresa de classificação de risco Austin Rating."É necessário fazer investimentos na área de pesquisa, isso ficou muito claro.
"A Austin ressaltou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) só divulgará a revisão do crescimento dos demais países no final de abril.(Por Nathália Ferreira)