Caros amigos
Postei este artigo em Out/2007.
E agora ficou muito mais fácil !
Não tem mais desculpa.
O texto é ótimo, mas como poucos gostam de ler eu coloquei o Rolando Boldrin lendo para vocês. É só ouvir e acompanhar o texto.
GermanoCWB
Postei este artigo em Out/2007.
E agora ficou muito mais fácil !
Não tem mais desculpa.
O texto é ótimo, mas como poucos gostam de ler eu coloquei o Rolando Boldrin lendo para vocês. É só ouvir e acompanhar o texto.
O último trecho é parte de um pronunciamento de Rui Barbosa no Senado, em 17 de Dezembro de 1914, mas poderia ter sido escrito hoje. Se estes versos retratam o Brasil do começo do século XX, alguém, em 2007, ainda pode acreditar que o país tem futuro?
AbsGermanoCWB
Parabéns Cleide Canton (www.paginapoeticadecleidecanton.com/sintovergonha.htm)
Jovens do século XXI mostrem sua indignação. Lutem para mudar este quadro com todas as suas forças pois não é uma batalha gloriosa a que vamos travar, é contra a vergonha de ser brasileiro. Nesta o suborno - e não o medo - é que faz desertores. É uma luta onde os guerreiros além da coragem tem que ter princípios.
Lutem pois a recompensa é que, ao final deste século seus descendentes lerão estes versos apenas como belas palavras extraidas de um mar de lama que deixou de existir.
SINTO VERGONHA DE MIM
Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar",
voltar atrás
e mudar o futuro.
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar",
voltar atrás
e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro! _________________Cleide Canton
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro! _________________Cleide Canton
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"De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem- se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto" __________________Rui Barbosa
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem- se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto" __________________Rui Barbosa
Este último trecho é parte de um pronunciamento de Rui Barbosa no Senado, em 17 de Dezembro de 1914, mas poderia ter sido escrito hoje. Se estes versos retratam o Brasil do começo do século XX, alguém, em 2007, ainda pode acreditar que o país tem futuro?
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