segunda-feira, 5 de março de 2007

Lançado novo modelo de Identidade

Lançado novo modelo de identidade


Roger Pereira [28/02/2007]


Um novo modelo de carteira de identidade passou a ser emitido ontem no Paraná. Resultado de uma parceira entre a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e a Companhia de Informática do Paraná (Celepar), o novo documento será totalmente digitalizado, nos moldes da Carteira Nacional de Habilitação. Com um investimento de R$ 9 milhões, a nova identidade atende às necessidades do cidadão, tendo sua emissão bem mais rápida e segura, e do governo do Estado, pois dificulta a falsificação e armazenará os dados dos cidadãos no sistema do Instituto de Identificação. Dados que poderão ser usados, por exemplo, em investigações criminais. “Desenvolvemos um único projeto que atenda às duas demandas, a do cidadão comum e a da segurança. É um projeto de visão de futuro, mas que já resolve uma questão imediata”, comentou o presidente da Celepar, Marcos Mazoni.


A partir de agora, todas as carteiras solicitadas no Paraná serão emitidas no novo modelo inteiramente digitalizado. A nova carteira não será e nem poderá ser plastificada pelo usuário. No documento, a digital, a fotografia e a assinatura serão digitalizadas e impressas. O número do Registro Geral (RG) também estará impresso na frente do documento e não apenas no verso. “Estamos caminhando para o documento único. Assim que o governo federal decidir por isso, o Paraná já estará pronto para implantá-lo”, disse o secretário de Segurança, Luiz Fernando Delazari.


Mas a grande inovação está na implantação do Sistema Automatizado de Identificação por Impressões Digitais (Afis, na sigla em inglês). As impressões digitais e todos os dados dos cidadãos serão armazenados pelos computadores do Instituto de Identificação, que terá um cadastro completo das digitais dos 10 milhões de paranaenses. “Com esses dados, será possível fazer a confrontação de impressões digitais para identificar envolvidos em crimes”, revelou Delazari. “As digitais são transformadas em equações numéricas. Uma impressão digital colhida na cena de um crime é comparada no sistema e filtra, num universo de 10 milhões, cerca de cinco prováveis donos dessas impressões. Aí entra o papiloscopista, que trabalhará apenas com essas cinco hipóteses”, explicou Mazoni.


Assim, para que todos os cidadãos paranaenses tenham suas digitais cadastradas no Instituto de Identificação, o governo do Estado estipulará um prazo para que todos substituam seus documentos. “Mas não há motivos para pressa. Isso será gradativo, levando entre dois e três anos”, disse o secretário, revelando que também será determinado um prazo de validade ao documento (provavelmente de cinco anos), para que todos mantenham suas informações atualizadas.


Enquanto isso, as informações dos 3,5 milhões de paranaenses que possuem Carteira de Habilitação serão repassadas pelo Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) à Secretaria da Segurança. Assim, o autor de um crime que possui carteira de motorista já poderá, em breve, ser identificado pelas impressões digitais.


O novo sistema já está em funcionamento em Curitiba, e começará a funcionar até o final de abril em Londrina e Cascavel. Nas demais cidades, o governo tenta firmar parceria com as prefeituras.

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